Alguns domingos à noite, novas teorias e considerações
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(E vá lá, à quarta uns apontamentos....)


domingo, 23 de dezembro de 2007

Por um folhado de transportes publicos! (verdadeiros diamantes)

Voltemos então à razão central da existência deste blog: fazer perguntas. Foi com este intuito que ele foi criado, e tem o objectivo de procurar perguntas profundas que nos façam questionar a rotina do pensamento.
Assim sendo, deixem-me partilhar convosco os meus pensamentos, rotinados.
Saí de casa ontem, para uma montanha russa de transportes públicos, comboio, metro e autocarro, e observei que há questões transversais a todos eles.
Primeiro é de notar que estava muito frio em todas as paragens, e havia sempre em cada uma dessas paragens, uma velhota que dizia acerca da chuva: "Isto é tudo neve!" Embora fosse sempre chuva.
Depois comecei a ser inundado de dúvidas:

Dúvida número 1: Porque é que as vozes que anunciam nos metros, autocarros e comboios as próximas paragens, os interfaces, etc...são sempre vozes de mulheres? Não fica bem um homem a dizer próxima paragem campanhã interface multimodal?

Dúvida número 2: Porque é que a partir de certa idade as mulheres portuguesas, para além da carteira, ou mala, andam sempre com um saco de plástico ou de papel? Façam a experiência e repararão, não há senhora de respeito que se preze que ao atingir determinada idade, não se faça acompanhar de mais um saquinho. Para quê? Não sei, gostava eu de saber o que levam naqueles saquinhos, algo que não se pode perder no meio da carteira concerteza...ou então compras...simplesmente. Não deixa de ser curioso. Se alguém souber a resposta, diga. A melhor resposta terá direito a um saco de plástico.

Chegado à casa da música, todas estas dúvidas fizeram-me fome. Decidi ir comer qualquer coisa. Expostos no bar estavam dezenas de folhados, todos iguais, por fora. Então perguntei:
-Os folhados são de quê?
Ao que a senhora respondeu -Ui! Tem de tudo, qual é que quer?
-Por acaso se me dissesse de que é que são, tornava a minha escolha, uma escolha.
-Olhe, tem de atum, maçã, pizza...
-Pizza? Folhado de pizza? - pergunto eu na minha ignorância.
-Sim, de pizza, quer?
-Pode ser, e não tem um folhado de pão de alho para começar? Já agora junte também um folhadinho de Ice tea, fresco. Meta tudo num saco de plástico, é para levar!

E lá fui eu com um saquinho também, a minha parte mais feminina.
Fantástico, um folhado de pizza! (Sim tinha uma coisa tipo polpa de tomate dentro.)
Quem é que se lembra disto? Qualquer dia há folhados de tudo. Amanhã.

O gajo que os inventa deve viver num folhado gigante.
Não tem filhos, tem afolhados.
E para entrar em casa como faz? Usa um pastel de chaves? Isso pode ser perigoso, qualquer gajo entra numa confeitaria e traz um folhado desses. E depois, se lhe assaltam a casa? O melhor é fazer um seguro do recheio...

Bem, recheado seja o vosso Natal! Obrigado pelas visitas, e parabéns ao Jesus, já lá vão mais de dois mil!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

A quadratura do círculo.

A quadratura do círculo é o nome de um programa semanal, que por acaso passa todas as quartas na sic notícias.
Carlos Andrade é o apresentador do programa e moderador do debate que José Pacheco Pereira, António Lobo Xavier e Jorge Coelho levam a cabo em torno de grandes questões, profundas e fundamentais da actualidade. O rumo da política portuguesa, os factos semanais relevantes e as opções políticas governamentais são analisados, de forma séria, com argumentos fundamentados e claros, expondo-se assim a convicção de cada um dos oradores.

Mas para mim há uma questão de fundo que se impõe fazer: porque é que o Jorge Coelho não usa barba?

Tenho duas teorias, muito embora seja eu próprio adepto da segunda.
Primeira teoria: Jorge Coelho é a imagem do governo naquele programa, é do PS, e defende Sócrates e o Governo, tem por isso que manter uma imagem limpa, senão o Sócrates chega-lhe a roupa ao pêlo, assim não tendo pêlo tá safo. Os outros são os barbudos da oposição.
Contudo, esta teoria não me convence.
O que eu acho que realmente acontece, e esta é a segunda e melhor fundamentada teoria, é o seguinte: o Pacheco Pereira sempre usou aquela barba, faz parte do seu estilo, não pode fazer um corte abrupto, senão, se o virmos sem ela assim de repente, fica tipo o Eusébio branco ou Amália de rastas e a cantar raggae. Tem que ter a barba. Já o António Lobo Xavier, gostava de ser como o Pacheco Pereira, e então começou a usar barba, a ter umas brancas, em todo um estilo pseudo-intelectual.
Depois surge o Jorge Coelho, que usava barba, mas agora não usa e assim distingue-se melhor. Usa no entanto óculos, lê mesmo, uma maneira de mandar a boca aos outros, como quem diz: vocês usam barba, mas é só numas de ficarem mais bonitos.
O Carlos Andrade, como é moderador, tem que ser imparcial, tanto ter a opinião do Pacheco Pereira, como do Jorge Coelho, então usa barba e óculos.
Em relação à opinião de cada um, e às suas perspectivas políticas, podia falar, mas essa não é a questão essencial.

Além disso podia dizer-se que a quadratura do círculo é um dos três problemas clássicos da geometria grega, consiste em encontrar, usando apenas régua e compasso, um quadrado de área igual a um círculo dado. Mas terá pouca relevância dizê-lo, se atentarmos ao conteúdo do referido programa, fundamental para o Mundo de hoje. Claro está também que o problema geométrico da quadratura do círculo demorou séculos até se perceber que não tinha solução, é impossível fazer tal construção. Provavelmente os Gregos até lhe chamaram assim porque eram espectadores assíduos da sic notícias.
Vai-se a ver.............e olha...........ainda é daí que vem a barba.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Homens e Mulheres, haverá diferenças?

Muito mais complicado seria ver as semelhanças entre Homens e Mulheres, mas isso fica para outra altura.
Eu opto sempre pelo caminho mais fácil, sou preguiçoso. (Provavelmente será uma característica dos Homens.). Deixo só a nota que as diferenças observadas resultam do facto de as Mulheres serem todas iguais, entre elas, e os Homens entre eles. Isso de haver excepções não é regra. Aliás essa é a grande semelhança entre Homens e Mulheres, acham que os elementos do sexo oposto são todos iguais, como eu não quero chatear ninguém, vou deixar que assim seja.

Homem que é homem, tem o melhor sentido de orientação do mundo, pois um homem nunca se perde e raramente chega atrasado, as mulheres estão seguras com ele, mas são elas que o atrasam. Um homem acorda, veste-se e toma banho em 5 minutos, senão parece uma menina a arranjar-se.
Já as Mulheres, estão sempre quase prontas, mesmo a sair, mesmo a chegar e só lhes falta escolher a roupa, coisa que fica mal ao Homem dizer. Senão imaginem um gajo a chegar a uma fábrica de cimento, atrasado para o trabalho e justificar-se perante os colegas: "Epá, não sabia o que havia de vestir hoje!"
Isto da roupa distingue também os Homens e as Mulheres, na honestidade. Os Homens são honestos na sua opinião para com os amigos em relação à roupa, as Mulheres mentem descaradamente umas às outras. Se uma rapariga com uma saia celofane côr de rosa, às riscas diagonais amarelas fluorescentes com folhos, pergunta a outra o que ela acha, a resposta será: "Ah...por acaso dá-te um ar original, têm tudo a ver contigo, onde compraste?", mal viram costas: "Viste o que ela tinha vestido? Que horror, nunca teve bom gosto, mas isto..."
No caso dos Homens, se aparecer na escola um rapaz com umas calças de napa preta e riscas rosinha, os outros dirão logo: "Ei que calças panilas são essas? Vieste de pijama?" e dão 1 euro ao moço para ir comprar roupa nova. Honestidade. Mas isto revela que os Homens são muito mais homofóbicos, nunca ouvi uma mulher dizer: "Ui que calças de Lésbica...", poderão eventualmente ser mulhofóbicas, mas são menos homofóbicas de certeza. Embora os Homens não mostrem nunca grande preocupação por conhecerem Lésbicas, pelo contrário, demonstram logo grande interesse, o que revela altruísmo! Grande altruísmo!
Os Homens nunca dão parte fraca, querem sempre mostrar que são fortes. Por exemplo, se o almoço for comida extremamente picante, nem que sejam malaguetas fritas temperadas com piri-piri, "Ah...já comi mais picante que isto, isto para mim não é nada."
As Mulheres dão parte fraca, para conquistar o Homem. "Ai está tanto frio, estou tão cansada..."

Se se juntam Homens e Mulheres, há um jogo de conquista constante.
Os Homens são artistas de circo. Qualquer jogo que haja perto, serve para mostrar que são os mais hábeis; desviam a conversa para os assuntos de que mais sabem, mandam as melhores piadolas desvalorizando os outros assuntos por completo, e contam grandes feitos de outrora em que estiveram envolvidos.
As Mulheres são dançarinas políticas. Abanam o rabo, piscam os olhos e chamam a atençam para o decote. Se houver na sala uma concorrente mais forte que todas as outras, surgem logo boatos que destroem a sua reputação e anulam a sua candidatura. (Ui se alguma feminista lê isto! Lembrem-se, as mulheres são iguais aos homens, também são artistas de circo, só que em vez de engolirem fogo ou domarem leões, são trapezistas ou contorcionistas!)

Machistas, são Homens que bebem cerveja, arrotam, coçam os "joelhos" e fazem comentários sobre gajas boas (ou escrevem blogues destes). Feministas são Mulheres muito inteligentes que defendem o direito da sua comunidade.

Numa relação, um Homem quando trai, é uma besta, a Mullher quando trai é porque o homem é uma besta.

E por isso deixo-vos uma questão final:
As Mulheres dizem: "Love is not about sex."
Mas quando um gajo tem sex com outra, é porque já não Love, mas afinal o que é o Love? Então já é about sex?

Bem, as Mulheres complicam demais, os Homens simplificam demais. Valham-nos os equilibrios! Ou as excepções...

domingo, 9 de dezembro de 2007

Retornado!

Desde já peço desculpa pela prolongada ausência, mas isto agora vai voltar a entar nos eixos!!
O tempo que passou desde que aqui se escreveu pela última vez, deveu-se entre outras coisas a uma viagem de avião, aliás, duas, ida e volta. Esta experiência reforçou as dúvidas que eu tinha em relação a este tipo de viagens (pelo ar). A primeira é desde logo porque é que as viagens de ida e volta são mais baratas do que uma única viagem de ida? As taxas governamentais e de aeroporto, dizem eles. Será que são os próprios países a pagar as viagens de volta? Por exemplo eu compro um bilhete de avião para Londres, e a rainha diz, eu pago-lhe a viagem de volta, portugas cá é que não..ou será o Sócrates que diz, aha querias fugir? Anda cá...preciso dos teus impostos...

Mas aquilo que mais marca a viagem de avião, é a pressa e o nervosismo. As pessoas têm medo de perder o avião. Não é que o avião seja uma coisa minúscula (ah! onde é eu o pus desta vez), não, penso que seja mais o medo de ficar em terra. Maior parte das pessoas chega lá com duas horas de antecedência, e mesmo assim toda a gente num aeroporto anda num passo apressado, como quem quer disfarçar a sua pressa, dizendo que está habituadíssimo a andar de avião:
-"Sabes, é que normalmente tenho um passo rápido."
As pessoas a andar num aeroporto fazem-me lembrar aquelas corridas em marcha, em que não se pode correr, só ir a passo (a esse propósito vejam no blog chichas o seguinte vídeo, carregar aqui).
A sensação que me dá é sempre: "Vamos lá rápido, já só tenho uma hora, temos que ir a correr, o avião parte e tou lixado, pronto já não chego a tempo."

Sinceramente, eu não conheço ninguém, é provável que exista, mas eu não conheço absolutamente ninguém que tenha perdido um voo por chegar atrasado. Conheço imensas pessoas que perderam o comboio, o autocarro, o metro, agora o avião não conheço.
Reconheço que o factor preço pode pesar, o bilhete do avião é bastante mais barato, 1 cêntimo, andar de comboio é um balúrdio, prá lá de cem vezes mais, nas viagens de avião, o problema são as taxas que inflacionam o preço. Porque o que sai caro não é comprar um avião, contratar pilotos, hospedeiras, comida mini, imprimir bilhetes, abastecer o aparelho com toneladas de gasolina, viajar milhares de quilómetros. Caro caro é uma pista de alcatrão, e pagar aos funcionários do aeroporto. Para já alcatrão não é uma coisa que se encontre assim por aí em cada esquina, e depois há o subsídio de refeição dos funcionários, que num aeroporto é de aproximadamente 5000€, a julgar pelo preço do café. O aeroporto representa o futuro...................dos preços. No futuro um croissant vai custar 3€50. Eles são nossos amigos, querem-nos habituar a isso. No aeroporto de Lisboa fui abordado por um arrumador (de aviões concerteza) e ele disse-me: dê-me 2€. Ora nem mais, estabelece-se ali logo a bitola mínima. Nem boa tarde nem bom dia, nem moedas mais pequenas. O próximo passo é a nota. Até o pedinte está inflacionado.
É tudo à grande.......fora do avião, lá dentro é tudo pequeno.

Algo que eu também acho curioso, é ir em primeira. Agora nestes voos baratos, não dão comida, vendem uns snacks, e eu juro que ouvi a senhora anunciar: "Vão ser agora servidas fantásticas refeições quentes para os que viajam em primeira, se viaja em b.flex (económica) temos à sua disposição, alguns snacks, uma lista pequena. E já sabe para a próxima se quiser viaje em b.não-sei-quê (primeira)."
O que é de facto a primeira? É a primeira parte do avião. A primeira parte do avião a desfazer-se, se o avião cair. Eu pelo menos nunca vi um avião a começar a cair, inverter a marcha e cair de costas. Cai com o "nariz" para a frente. Os passgeiros de primeira, são aqueles que se esborracharão e ampararão a queda aos que cairem depois, os de segunda. Estes, os de segunda, safam-se muito provavelmente mais vezes. E deve ser por isso que em primeira se tem direito a privacidade, a célebre cortininha, e uma refeição quente, não é isso o que se dá aos condenados à pena de morte? ("Penas" de morte neste caso! Já estou a ser sarcástico, desculpem mas comi asinhas de frango ao almoço.)
Bem, bons voos, e vá por mim, viaje em segunda, sabe-se lá se à terça não é de vez!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Shalimar o Palhaço!

A maneira como dizemos as coisas reflecte a nossa atitude perante elas e a vontade com que as fazemos. Por exemplo, se eu disser que o Primeiro Ministro merecia levar um estalo, dá uma certa ideia de pacata violência, reflectindo o meu desagrado com a sua governação. Agora se eu disser: "Ao Shocras era quem lhe pregache uma balente laushtíbia!", é de certa forma bastante mais expressivo.
Isto leva-me a pensar que se desvaloriza determinadas expressões, provavelmente as mais interessantes da Língua Portuguesa. Palavras como Laustíbia, Amolachar, Torresmo ou Shalimar o Palhaço.
Vamos por hoje analisar cada uma destas 4 palavras.
Laustíbia será portanto um estalo, uma chapada, uma bolacha, mas convenhamos que tem íntriseca uma atitude muito mais forte, convicta e enquanto um estalo qualquer menino dá, uma laustíbia não é bem assim. Para enfiar uma laustíbia é preciso saber e experiência, força e vontade!
O Torresmo, ao que parece come-se muito lá para o sul, na capital da gente fina, e terá várias definições, rojão com 3 semanas, banha de porco panada ou nha nha frita, sendo que muito provavelmente a melhor definição será: horrível, mas também nunca provei, nem me parece que o vá fazer. (É capital e comem isto?)
Amolachar deve ser amolgar, esmagar tipo bolacha.
Já shalimar o palhaço devia ser introduzido como nova expressão da língua portuguesa, não confundir com um palhaço de nome Shalimar.
Atrevo-me a dar aqui uma definição para a expressão "Shalimei o Palhaço!":
Cheguei ao pé do gajo, enfiei-lhe uma balente laustíbia de tal forma que o pus a andar à egípcio com a cabeça que nem um torresmo amolachado.
Atentem na riqueza desta definição, usando as palavras anteriores e referências históricas à representação hieróglificó-magnífica dos desenhos egípcios. Notem ainda o uso inédito da metáfora com torresmo amolachado, chegando a cheirar a hipérbole, porque para além de torresmo, ainda se exagera dizendo que é amolachado. Será uma expressão para ultrapassar em atitude e convicção a expressão: é preciso fazer alguma coisa em relação à atitude daquele palhaço, ou do Primeiro Ministro para voltar ao exemplo inicial, e só por isso.
Assim quando ouvir o Shócras na televisão, ou até quando alguém me chatear, viro-me para os meus "amigos" e digo, é preciso Shalimar o Palhaço!

(Agradecimentos ao pessoal da camioneta por terem partilhado comigo estes belos termos, nomeadamente, obrigado ao barco, à soja milk, ao horas em número 24, por aí..)

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O plano de Deus.

Eu não creio (muito menos re-creio) que Deus tenha um plano para todos nós, os biliões. Passo a explicar a minha teo-ria.

Se eu fosse Deus, sabendo que ninguém me chateia e tendo a certeza de ir para o céu, porque se assim não fosse, não era o céu, eu não estava para me dar ao trabalho de fazer grandes planos. Para quê? Ninguém me castiga e faço o que me apetece.
Há quem acredite na existência de um plano divino para todos nós, e que tudo faz parte desse grande plano, tudo por um bem maior. Eu cá para mim Deus está tranquilucho, sentado no sofá de pernas esticadas, a ver televisão. Para já deve ter um ecrã panorâmico, a comida é concerteza divinal...e ainda por cima não precisa de comando...
Sem grandes preocupações, deve estar sempre relaxaducho no céu sofá...se se sentir sózinho faz uma pessoa (e isso deve ser fixe). E muito provavelmente está-se a rir que nem um desalmado a ver o Praça da Alegria (Deus terá alma? Cá para mim ri-se sempre que nem um desalmado...). Ainda por cima deliciado, irónicamente, com as suas invenções a cantar e a dançar.
Na sua...

Por isso é que não considero justo dizer-se que as escolas privadas e católicas têm os alunos com melhores notas no ranking nacional. Com a ajuda de Deus também eu...

Mas aí, se o plano de Deus for mostrar que tudo o que é católico é melhor que o resto, aí já acredito num plano de Deus. Assim têm lógica, faz todo o sentido. O papa apercebeu-se que Deus estava numas de relaxe e disse: "Oh pá, passas o dia a ver televisão e não fazes nada? Vou eu fazer o plano divino por ti?"
Ao que Deus terá respondido: "Tás à vontade oh Ratz, achas que alguém te vai ligar? És mesmo crente! Olha já que tás de pé chega-me aí um pacote de batatas fritas que tá a começar o jogo."

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Há que parabenilizar...

Por Miguel Semedo

Um blogue que fará o mundo pinchar e avançar, que escutará o sonho de todos nós...o sonho de finalmente percebermos o que passa despercebido. Será um basta, um pontapé na mesa que levantará todos os dogmas e paradigmas desmarcados na lateralidade deste nosso mundo.
Se perguntará, se responderá, se discutirá tudo aquilo que não interessa nada mas que ninguem fala!
Principios como a audácia e a coragem precisam-se e estes serão residentes honorários desta casa desmarcada...neo zelandesa com certeza.
Não só quem inventou a praça da alegria mas também quem foram os primeiros telespectadores dessa manha mais ou menos bem passada...sim, quem foi o primeiro a pensar “ufa, hoje tenho tempo livre...deixa-me pensar...vou ver um filmezito? Vou tomar o pequeno-almoço com os amigos? Vou ler um livro? Vou fazer jogging com o Sarkozy? Naaaa, vou mas é ver o praça da alegria!” Quem terão sido essas mentes quase tão brilhantes como a inteligência do Paulo Sousa? Não é o jogador de futebol, é o ex-jogador de futebol e neo-intelectual psicoanalista desportivo com estilo... Perguntaremos e discutiremos!
Não deixaremos também que passem em claro investidas tão selvagens e perigosas como a que temos assistido na ultima década de exclusão social do sabor a baunilha. A verdade pura e dura é que este tem sido subtilmente e neo-liberalmente substituido pelo sabor a nata! Que finos que nós somos, andamos anos e anos a lamber o sabor a baunilha mas mal a nata nos pisca o olho saciamo-nos e deliciamo-nos com os hiper-espectaculares cornettos de nata! BASTA!É por estas e por outras que estamos aqui, a ser tao perspicazes e brilhantes como o criador do praça da alegria ou o guru Paulo Sousa neo-intelectual psicoanalista desportivo com estilo!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

O olho destreinado.

Ontem Paulo Portas, pelo CDS-PP, pediu a demissão da Ministra da Educação. Eu fico tão enternecido pelo carinho que os políticos têm uns pelos outros. Reparem na simpatia de Paulo Portas ao pedir, "pedir" a demissão da ministra. De facto sempre estivemos habituados à educação, elevação de discurso e elegância deste "gentleman" da Política Mundial, ou até Universal, no entanto eu atrevo-me aqui a dar uma interpretação desta mensagem subliminar.
Na realidade a pergunta de Paulo Portas foi: "Desculpe, eu gostava de ser ministro, podia demitir-se?", mas para perceber isto é preciso ter o olho treinado...

Outra coisa que Paulo Portas disse foi: "Não se pode tratar da mesma forma um aluno que falta porque vai ao funeral de um familiar e um aluno que falta para ficar no café a fumar um cigarro"
Mais uma vez é preciso ter olho treinado para perceber porque quererá ele dar prémios a quem vai tomar café e fumar um cigarro?...hmmm....

Vou-vos deixar aqui um vídeo de 30 segundos, com uma mensagem subliminar. Um olhar destreinado não reparará na forte mensagem oculta passada, e só passado algum tempo perceberá o que se passa....mas se estiverem atentos, podem utilizá-lo para treinarem a interpretação destas mensagens de Paulo Portas. (ouçam o ssussurar...)



Hm....desmarcada não é? (...workshop live..). Cá para mim este vídeo é a prova de que há vida fora da Terra (quem sabe inteligente...).

Os extra-terrestres raptam esta senhora nos anos 80 e tentam fazer um vídeo para o youtube com uma mensagem subliminar. Mas a mim não me apanham, eu sou perspicaz, este vídeo não é feito por humanos, nessa altura não havia youtube!
Além disso reparem no olhar de aterrorizada com que ela toca guitarra...está a olhar para algum sítio......
Se tudo isto não vos convence, expliquem-me, é impressão minha ou atrás podem ver-se cortinas verdes gigantes de veludo?

domingo, 4 de novembro de 2007

Há uma razão para tudo...


...



...excepto para os cães de louça.
Não há razão absolutamente nenhuma para que existam cães feitos de porcelana fina. No fundo seja do que for, fazer cães de tamanho quase real, esculpidos cuidadosamente em louça, ultrapassa o meu conceito de sanidade mental.

O que leva alguém a ter uma ideia como esta? De certeza que bebeu uma cola pouco fresca, ou comeu tartes de maçã com ketchup. Eu acho que as pessoas não entenderam bem o que quer dizer: "Quem tem medo compra um cão." Eventualmente estes cães afastarão ladrões feitos de porcelana. Acredito que sim. Mas o que é que um ladrão feito de porcelana vai roubar? Um paninho do pó?





Se eu fosse um profissional do assalto a domícilios, sentir-me-ia insultado por este tipo de objectos. Abria a porta, via um cão de louça, AH!!..e fugia cheio de medo a sete pés (os meus dois, os quatro do cão ..e o pé de cabra). Assim, é simpático para estes profissionais acolhê-los com um cão de qualidade, vá, um ser que os receba com uma simples e simpática ameaça física.
Um cão destes, tá sempre em pose, nunca falha nas suas tarefas, mas é completamente inútil e ainda por cima incomoda bastante, faz lembrar o Sócrates.

O problema é que este tipo de adornos, só melhora a imagem que temos dos assaltantes. Imaginemos o assaltante a forçar a entrada numa casa, deparando-se com uma família inteira de cães de louça (credo!). Pega num pau e parte aquilo tudo. Dizemos que o gajo parte a louça toda! Sinónimo de "É um gajo do caraças!", claro livrou-nos do martírio que nos atormentava. Ah que alívio, já não temos de olhar mais para aquilo.


Se o meu amigo Bertoldo fosse vivo diria:

"Há gajos que partem a louça um dia e são bons,

Há os que vão partindo aqui e ali e são melhores,

Há os que partem muito a louça e são muito bons,

Mas há os que partem a louça toda, e esses são os imprescindiveis!"



segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Quebrar a rotina do pensamento

Estávamos sentados à mesa, eu tinha um livro na mão. Entretanto uma senhora pára em frente a nós com olhar sério. Como ela trazia uma roupa a condizer com as paredes, pousei o menu e pedi: "Uma mista e uma cola, por favor." ao que a senhora responde: "Fresca ou Natural?" Aqui está, era isto que procurávamos. A perspicácia e sagacidade desta afirmação! Porque temos de beber sempre cola fresca? Não me poderá apetecer natural? Esta senhora apercebeu-se como o mundo nos molda as ideias...Eu próprio tenho o raciocíonio tolhido de tal forma, que parti do principio que a pergunta dela se referia à cola...
A isto chamo quebrar a rotina do pensamento. Pessoas que são capazes de fugir àquilo que comuns mortais nem se apercebem fazer maquinalmente, como beber colas frescas.
Mais recentemente, ao passar no drive in do Macdonald's (sim, esse bastião do império capitalista) resolvi pedir uma tarte de maçã (e se aquilo são tartes de maçã já sei porque os americanos não têm farturas..). E então recebo um saco de papel, abro e verifico a presença da referida tarte....e ainda....15 guardanapos de papel e 2 pacotes de ketchup. Ora aqui há várias questões a analisar. Primeiro a senhora que me serviu está claramente a chamar-me porco, achou que eu precisava de 15 guardanapos para comer uma tarte. Mas há algo mais profundo...os 2 pacotes de ketchup....
Pessoalmente tenho 3 teorias. Primeira teoria: a rapariga é de esquerda, se toda a gente têm direito a ketchup, porque é que este cliente, só porque vai comer uma tarte de maçã, não tem?
Segunda teoria: ela sente que está a ser explorada, a receber uma miséria à hora, quer vingar-se do Macdonald's, então começa a oferecer ketchup a torto e a direito, "vou dar rombo no ketchup, quero ver no fim do mês como se vão safar deste prejuízo..."
Terceira e última: calhou.
De qualquer das formas, quebrou a rotina do pensamento, neste caso do meu, que fiquei a olhar para o saco praí 5 minutos a pensar......."Onde é que está o hamburguer?"

Foi devido a algo semelhante a isto que eu há pouco tempo descobri ser portador duma veia artística. Estava a ver um programa na RTP1 chamado "Só Visto", cujo nome e slogan são geniais, porque o programa é mesmo só visto, e a entrevistada era Rita Pereira. Dizia ela que desde cedo descobriu a sua veia artística. Quando andava na escola queria sempre ir ao quadro, mesmo quando não sabia a resposta, e ninguém queria ir ao quadro, ela queria sempre ir ao quadro. Gostava. Pois muito bem, imagino a rita Pereira a dirigir-se para o quadro...

(aproveitem para ver quem é a Rita Pereira)





..chega ao quadro e o professor, então diz lá.....não sei, mas gosto muito de tar aqui e ri-se. Os colegas ao que parece adoravam.
Foi assim também que eu descobri que tinha veia artística, porque eu quando andava na escola também queria sempre que a Rita Pereira fosse ao quadro. Pelos vistos chama-se ter veia artística.
E então se tenho veia artística vou ser famoso, pensam vocês...em Portugal, meus amigos, para se ser famoso não chega ter uma veia artística, no entanto basta ter duas, se forem bem boas...!
E que tem isto de quebrar a rotina de pensamento? Pensavam que a Rita Pereira era conhecida por ser bem apessoada, não é verdade, têm veia artística desde novinha...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Fazer as perguntas sobretudo.

Há coisas que não se entende, não se sabe quem inventou, quem as faz ou quem as diz.

Quem inventou a praça da alegria?

Há ainda comportamentos incompreensíveis e pequenos pormenores da vida que tentam passar despercebidos.
Depois há quem faça comentários super perspicazes e muito inteligentes sobre tudo isso.

E como se isso não bastasse, há gajos como nós...sentados no sofá.