Alguns domingos à noite, novas teorias e considerações
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(E vá lá, à quarta uns apontamentos....)


segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Quebrar a rotina do pensamento

Estávamos sentados à mesa, eu tinha um livro na mão. Entretanto uma senhora pára em frente a nós com olhar sério. Como ela trazia uma roupa a condizer com as paredes, pousei o menu e pedi: "Uma mista e uma cola, por favor." ao que a senhora responde: "Fresca ou Natural?" Aqui está, era isto que procurávamos. A perspicácia e sagacidade desta afirmação! Porque temos de beber sempre cola fresca? Não me poderá apetecer natural? Esta senhora apercebeu-se como o mundo nos molda as ideias...Eu próprio tenho o raciocíonio tolhido de tal forma, que parti do principio que a pergunta dela se referia à cola...
A isto chamo quebrar a rotina do pensamento. Pessoas que são capazes de fugir àquilo que comuns mortais nem se apercebem fazer maquinalmente, como beber colas frescas.
Mais recentemente, ao passar no drive in do Macdonald's (sim, esse bastião do império capitalista) resolvi pedir uma tarte de maçã (e se aquilo são tartes de maçã já sei porque os americanos não têm farturas..). E então recebo um saco de papel, abro e verifico a presença da referida tarte....e ainda....15 guardanapos de papel e 2 pacotes de ketchup. Ora aqui há várias questões a analisar. Primeiro a senhora que me serviu está claramente a chamar-me porco, achou que eu precisava de 15 guardanapos para comer uma tarte. Mas há algo mais profundo...os 2 pacotes de ketchup....
Pessoalmente tenho 3 teorias. Primeira teoria: a rapariga é de esquerda, se toda a gente têm direito a ketchup, porque é que este cliente, só porque vai comer uma tarte de maçã, não tem?
Segunda teoria: ela sente que está a ser explorada, a receber uma miséria à hora, quer vingar-se do Macdonald's, então começa a oferecer ketchup a torto e a direito, "vou dar rombo no ketchup, quero ver no fim do mês como se vão safar deste prejuízo..."
Terceira e última: calhou.
De qualquer das formas, quebrou a rotina do pensamento, neste caso do meu, que fiquei a olhar para o saco praí 5 minutos a pensar......."Onde é que está o hamburguer?"

Foi devido a algo semelhante a isto que eu há pouco tempo descobri ser portador duma veia artística. Estava a ver um programa na RTP1 chamado "Só Visto", cujo nome e slogan são geniais, porque o programa é mesmo só visto, e a entrevistada era Rita Pereira. Dizia ela que desde cedo descobriu a sua veia artística. Quando andava na escola queria sempre ir ao quadro, mesmo quando não sabia a resposta, e ninguém queria ir ao quadro, ela queria sempre ir ao quadro. Gostava. Pois muito bem, imagino a rita Pereira a dirigir-se para o quadro...

(aproveitem para ver quem é a Rita Pereira)





..chega ao quadro e o professor, então diz lá.....não sei, mas gosto muito de tar aqui e ri-se. Os colegas ao que parece adoravam.
Foi assim também que eu descobri que tinha veia artística, porque eu quando andava na escola também queria sempre que a Rita Pereira fosse ao quadro. Pelos vistos chama-se ter veia artística.
E então se tenho veia artística vou ser famoso, pensam vocês...em Portugal, meus amigos, para se ser famoso não chega ter uma veia artística, no entanto basta ter duas, se forem bem boas...!
E que tem isto de quebrar a rotina de pensamento? Pensavam que a Rita Pereira era conhecida por ser bem apessoada, não é verdade, têm veia artística desde novinha...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Fazer as perguntas sobretudo.

Há coisas que não se entende, não se sabe quem inventou, quem as faz ou quem as diz.

Quem inventou a praça da alegria?

Há ainda comportamentos incompreensíveis e pequenos pormenores da vida que tentam passar despercebidos.
Depois há quem faça comentários super perspicazes e muito inteligentes sobre tudo isso.

E como se isso não bastasse, há gajos como nós...sentados no sofá.