Alguns domingos à noite, novas teorias e considerações
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(E vá lá, à quarta uns apontamentos....)


domingo, 23 de dezembro de 2007

Por um folhado de transportes publicos! (verdadeiros diamantes)

Voltemos então à razão central da existência deste blog: fazer perguntas. Foi com este intuito que ele foi criado, e tem o objectivo de procurar perguntas profundas que nos façam questionar a rotina do pensamento.
Assim sendo, deixem-me partilhar convosco os meus pensamentos, rotinados.
Saí de casa ontem, para uma montanha russa de transportes públicos, comboio, metro e autocarro, e observei que há questões transversais a todos eles.
Primeiro é de notar que estava muito frio em todas as paragens, e havia sempre em cada uma dessas paragens, uma velhota que dizia acerca da chuva: "Isto é tudo neve!" Embora fosse sempre chuva.
Depois comecei a ser inundado de dúvidas:

Dúvida número 1: Porque é que as vozes que anunciam nos metros, autocarros e comboios as próximas paragens, os interfaces, etc...são sempre vozes de mulheres? Não fica bem um homem a dizer próxima paragem campanhã interface multimodal?

Dúvida número 2: Porque é que a partir de certa idade as mulheres portuguesas, para além da carteira, ou mala, andam sempre com um saco de plástico ou de papel? Façam a experiência e repararão, não há senhora de respeito que se preze que ao atingir determinada idade, não se faça acompanhar de mais um saquinho. Para quê? Não sei, gostava eu de saber o que levam naqueles saquinhos, algo que não se pode perder no meio da carteira concerteza...ou então compras...simplesmente. Não deixa de ser curioso. Se alguém souber a resposta, diga. A melhor resposta terá direito a um saco de plástico.

Chegado à casa da música, todas estas dúvidas fizeram-me fome. Decidi ir comer qualquer coisa. Expostos no bar estavam dezenas de folhados, todos iguais, por fora. Então perguntei:
-Os folhados são de quê?
Ao que a senhora respondeu -Ui! Tem de tudo, qual é que quer?
-Por acaso se me dissesse de que é que são, tornava a minha escolha, uma escolha.
-Olhe, tem de atum, maçã, pizza...
-Pizza? Folhado de pizza? - pergunto eu na minha ignorância.
-Sim, de pizza, quer?
-Pode ser, e não tem um folhado de pão de alho para começar? Já agora junte também um folhadinho de Ice tea, fresco. Meta tudo num saco de plástico, é para levar!

E lá fui eu com um saquinho também, a minha parte mais feminina.
Fantástico, um folhado de pizza! (Sim tinha uma coisa tipo polpa de tomate dentro.)
Quem é que se lembra disto? Qualquer dia há folhados de tudo. Amanhã.

O gajo que os inventa deve viver num folhado gigante.
Não tem filhos, tem afolhados.
E para entrar em casa como faz? Usa um pastel de chaves? Isso pode ser perigoso, qualquer gajo entra numa confeitaria e traz um folhado desses. E depois, se lhe assaltam a casa? O melhor é fazer um seguro do recheio...

Bem, recheado seja o vosso Natal! Obrigado pelas visitas, e parabéns ao Jesus, já lá vão mais de dois mil!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

A quadratura do círculo.

A quadratura do círculo é o nome de um programa semanal, que por acaso passa todas as quartas na sic notícias.
Carlos Andrade é o apresentador do programa e moderador do debate que José Pacheco Pereira, António Lobo Xavier e Jorge Coelho levam a cabo em torno de grandes questões, profundas e fundamentais da actualidade. O rumo da política portuguesa, os factos semanais relevantes e as opções políticas governamentais são analisados, de forma séria, com argumentos fundamentados e claros, expondo-se assim a convicção de cada um dos oradores.

Mas para mim há uma questão de fundo que se impõe fazer: porque é que o Jorge Coelho não usa barba?

Tenho duas teorias, muito embora seja eu próprio adepto da segunda.
Primeira teoria: Jorge Coelho é a imagem do governo naquele programa, é do PS, e defende Sócrates e o Governo, tem por isso que manter uma imagem limpa, senão o Sócrates chega-lhe a roupa ao pêlo, assim não tendo pêlo tá safo. Os outros são os barbudos da oposição.
Contudo, esta teoria não me convence.
O que eu acho que realmente acontece, e esta é a segunda e melhor fundamentada teoria, é o seguinte: o Pacheco Pereira sempre usou aquela barba, faz parte do seu estilo, não pode fazer um corte abrupto, senão, se o virmos sem ela assim de repente, fica tipo o Eusébio branco ou Amália de rastas e a cantar raggae. Tem que ter a barba. Já o António Lobo Xavier, gostava de ser como o Pacheco Pereira, e então começou a usar barba, a ter umas brancas, em todo um estilo pseudo-intelectual.
Depois surge o Jorge Coelho, que usava barba, mas agora não usa e assim distingue-se melhor. Usa no entanto óculos, lê mesmo, uma maneira de mandar a boca aos outros, como quem diz: vocês usam barba, mas é só numas de ficarem mais bonitos.
O Carlos Andrade, como é moderador, tem que ser imparcial, tanto ter a opinião do Pacheco Pereira, como do Jorge Coelho, então usa barba e óculos.
Em relação à opinião de cada um, e às suas perspectivas políticas, podia falar, mas essa não é a questão essencial.

Além disso podia dizer-se que a quadratura do círculo é um dos três problemas clássicos da geometria grega, consiste em encontrar, usando apenas régua e compasso, um quadrado de área igual a um círculo dado. Mas terá pouca relevância dizê-lo, se atentarmos ao conteúdo do referido programa, fundamental para o Mundo de hoje. Claro está também que o problema geométrico da quadratura do círculo demorou séculos até se perceber que não tinha solução, é impossível fazer tal construção. Provavelmente os Gregos até lhe chamaram assim porque eram espectadores assíduos da sic notícias.
Vai-se a ver.............e olha...........ainda é daí que vem a barba.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Homens e Mulheres, haverá diferenças?

Muito mais complicado seria ver as semelhanças entre Homens e Mulheres, mas isso fica para outra altura.
Eu opto sempre pelo caminho mais fácil, sou preguiçoso. (Provavelmente será uma característica dos Homens.). Deixo só a nota que as diferenças observadas resultam do facto de as Mulheres serem todas iguais, entre elas, e os Homens entre eles. Isso de haver excepções não é regra. Aliás essa é a grande semelhança entre Homens e Mulheres, acham que os elementos do sexo oposto são todos iguais, como eu não quero chatear ninguém, vou deixar que assim seja.

Homem que é homem, tem o melhor sentido de orientação do mundo, pois um homem nunca se perde e raramente chega atrasado, as mulheres estão seguras com ele, mas são elas que o atrasam. Um homem acorda, veste-se e toma banho em 5 minutos, senão parece uma menina a arranjar-se.
Já as Mulheres, estão sempre quase prontas, mesmo a sair, mesmo a chegar e só lhes falta escolher a roupa, coisa que fica mal ao Homem dizer. Senão imaginem um gajo a chegar a uma fábrica de cimento, atrasado para o trabalho e justificar-se perante os colegas: "Epá, não sabia o que havia de vestir hoje!"
Isto da roupa distingue também os Homens e as Mulheres, na honestidade. Os Homens são honestos na sua opinião para com os amigos em relação à roupa, as Mulheres mentem descaradamente umas às outras. Se uma rapariga com uma saia celofane côr de rosa, às riscas diagonais amarelas fluorescentes com folhos, pergunta a outra o que ela acha, a resposta será: "Ah...por acaso dá-te um ar original, têm tudo a ver contigo, onde compraste?", mal viram costas: "Viste o que ela tinha vestido? Que horror, nunca teve bom gosto, mas isto..."
No caso dos Homens, se aparecer na escola um rapaz com umas calças de napa preta e riscas rosinha, os outros dirão logo: "Ei que calças panilas são essas? Vieste de pijama?" e dão 1 euro ao moço para ir comprar roupa nova. Honestidade. Mas isto revela que os Homens são muito mais homofóbicos, nunca ouvi uma mulher dizer: "Ui que calças de Lésbica...", poderão eventualmente ser mulhofóbicas, mas são menos homofóbicas de certeza. Embora os Homens não mostrem nunca grande preocupação por conhecerem Lésbicas, pelo contrário, demonstram logo grande interesse, o que revela altruísmo! Grande altruísmo!
Os Homens nunca dão parte fraca, querem sempre mostrar que são fortes. Por exemplo, se o almoço for comida extremamente picante, nem que sejam malaguetas fritas temperadas com piri-piri, "Ah...já comi mais picante que isto, isto para mim não é nada."
As Mulheres dão parte fraca, para conquistar o Homem. "Ai está tanto frio, estou tão cansada..."

Se se juntam Homens e Mulheres, há um jogo de conquista constante.
Os Homens são artistas de circo. Qualquer jogo que haja perto, serve para mostrar que são os mais hábeis; desviam a conversa para os assuntos de que mais sabem, mandam as melhores piadolas desvalorizando os outros assuntos por completo, e contam grandes feitos de outrora em que estiveram envolvidos.
As Mulheres são dançarinas políticas. Abanam o rabo, piscam os olhos e chamam a atençam para o decote. Se houver na sala uma concorrente mais forte que todas as outras, surgem logo boatos que destroem a sua reputação e anulam a sua candidatura. (Ui se alguma feminista lê isto! Lembrem-se, as mulheres são iguais aos homens, também são artistas de circo, só que em vez de engolirem fogo ou domarem leões, são trapezistas ou contorcionistas!)

Machistas, são Homens que bebem cerveja, arrotam, coçam os "joelhos" e fazem comentários sobre gajas boas (ou escrevem blogues destes). Feministas são Mulheres muito inteligentes que defendem o direito da sua comunidade.

Numa relação, um Homem quando trai, é uma besta, a Mullher quando trai é porque o homem é uma besta.

E por isso deixo-vos uma questão final:
As Mulheres dizem: "Love is not about sex."
Mas quando um gajo tem sex com outra, é porque já não Love, mas afinal o que é o Love? Então já é about sex?

Bem, as Mulheres complicam demais, os Homens simplificam demais. Valham-nos os equilibrios! Ou as excepções...

domingo, 9 de dezembro de 2007

Retornado!

Desde já peço desculpa pela prolongada ausência, mas isto agora vai voltar a entar nos eixos!!
O tempo que passou desde que aqui se escreveu pela última vez, deveu-se entre outras coisas a uma viagem de avião, aliás, duas, ida e volta. Esta experiência reforçou as dúvidas que eu tinha em relação a este tipo de viagens (pelo ar). A primeira é desde logo porque é que as viagens de ida e volta são mais baratas do que uma única viagem de ida? As taxas governamentais e de aeroporto, dizem eles. Será que são os próprios países a pagar as viagens de volta? Por exemplo eu compro um bilhete de avião para Londres, e a rainha diz, eu pago-lhe a viagem de volta, portugas cá é que não..ou será o Sócrates que diz, aha querias fugir? Anda cá...preciso dos teus impostos...

Mas aquilo que mais marca a viagem de avião, é a pressa e o nervosismo. As pessoas têm medo de perder o avião. Não é que o avião seja uma coisa minúscula (ah! onde é eu o pus desta vez), não, penso que seja mais o medo de ficar em terra. Maior parte das pessoas chega lá com duas horas de antecedência, e mesmo assim toda a gente num aeroporto anda num passo apressado, como quem quer disfarçar a sua pressa, dizendo que está habituadíssimo a andar de avião:
-"Sabes, é que normalmente tenho um passo rápido."
As pessoas a andar num aeroporto fazem-me lembrar aquelas corridas em marcha, em que não se pode correr, só ir a passo (a esse propósito vejam no blog chichas o seguinte vídeo, carregar aqui).
A sensação que me dá é sempre: "Vamos lá rápido, já só tenho uma hora, temos que ir a correr, o avião parte e tou lixado, pronto já não chego a tempo."

Sinceramente, eu não conheço ninguém, é provável que exista, mas eu não conheço absolutamente ninguém que tenha perdido um voo por chegar atrasado. Conheço imensas pessoas que perderam o comboio, o autocarro, o metro, agora o avião não conheço.
Reconheço que o factor preço pode pesar, o bilhete do avião é bastante mais barato, 1 cêntimo, andar de comboio é um balúrdio, prá lá de cem vezes mais, nas viagens de avião, o problema são as taxas que inflacionam o preço. Porque o que sai caro não é comprar um avião, contratar pilotos, hospedeiras, comida mini, imprimir bilhetes, abastecer o aparelho com toneladas de gasolina, viajar milhares de quilómetros. Caro caro é uma pista de alcatrão, e pagar aos funcionários do aeroporto. Para já alcatrão não é uma coisa que se encontre assim por aí em cada esquina, e depois há o subsídio de refeição dos funcionários, que num aeroporto é de aproximadamente 5000€, a julgar pelo preço do café. O aeroporto representa o futuro...................dos preços. No futuro um croissant vai custar 3€50. Eles são nossos amigos, querem-nos habituar a isso. No aeroporto de Lisboa fui abordado por um arrumador (de aviões concerteza) e ele disse-me: dê-me 2€. Ora nem mais, estabelece-se ali logo a bitola mínima. Nem boa tarde nem bom dia, nem moedas mais pequenas. O próximo passo é a nota. Até o pedinte está inflacionado.
É tudo à grande.......fora do avião, lá dentro é tudo pequeno.

Algo que eu também acho curioso, é ir em primeira. Agora nestes voos baratos, não dão comida, vendem uns snacks, e eu juro que ouvi a senhora anunciar: "Vão ser agora servidas fantásticas refeições quentes para os que viajam em primeira, se viaja em b.flex (económica) temos à sua disposição, alguns snacks, uma lista pequena. E já sabe para a próxima se quiser viaje em b.não-sei-quê (primeira)."
O que é de facto a primeira? É a primeira parte do avião. A primeira parte do avião a desfazer-se, se o avião cair. Eu pelo menos nunca vi um avião a começar a cair, inverter a marcha e cair de costas. Cai com o "nariz" para a frente. Os passgeiros de primeira, são aqueles que se esborracharão e ampararão a queda aos que cairem depois, os de segunda. Estes, os de segunda, safam-se muito provavelmente mais vezes. E deve ser por isso que em primeira se tem direito a privacidade, a célebre cortininha, e uma refeição quente, não é isso o que se dá aos condenados à pena de morte? ("Penas" de morte neste caso! Já estou a ser sarcástico, desculpem mas comi asinhas de frango ao almoço.)
Bem, bons voos, e vá por mim, viaje em segunda, sabe-se lá se à terça não é de vez!